Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram um novo alvo para o tratamento da esquistossomose que pode permitir a criação de um medicamento que provoque menos efeitos adversos. Como “anti-cupidos”, os cientistas descobriram uma maneira de separar o casal de parasitas do Schistosoma mansoni, que normalmente vive pareado, para acabar com o ciclo reprodutivo. O estudo foi publicado este ano na revista PLOS Pathogens.
O que parece simples, porém, demandou anos de estudos. A primeira descoberta foi entender que os vermes possuem moléculas – os RNAs longos não codificadores de proteínas (lncRNAs) – responsáveis pela sobrevivência do casal. O passo seguinte foi conseguir alvejar essas moléculas através do uso de uma ferramenta que silenciou o efeito delas. Sem este elo que une o casal