O estudo da ButanVac, candidata a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, teve mais um avanço esta semana com a apresentação dos resultados da fase 1 dos ensaios clínicos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última segunda (30). A Anvisa concordou com a submissão do protocolo do estudo clínico de fase 2 e 3. Os resultados iniciais do estudo fase 1 mostraram que a vacina é segura e induz produção de anticorpos e as próximas fases devem envolver 4,5 mil pessoas em todo o Brasil.
Como a maior parte da população já está vacinada contra o SARS-CoV-2, a ButanVac será avaliada como dose de reforço. A expectativa é que ela esteja disponível até 2023. A fase 2 do ensaio clínico terá 400 participantes maiores de 18 anos, sendo 50% idosos, que receberão uma dose de reforço da ButanVac ou da Pfizer. Já na fase 3, serão avaliados três diferentes lotes da ButanVac em 4.000 voluntários adultos, sendo 20% idosos. Os indivíduos serão vacinados com um dos três lotes ou com a vacina de RNA mensageiro.
Os pesquisadores vão avaliar a frequência e intensidade das reações adversas, a produção de anticorpos antes e após a terceira dose de cada vacina e a consistência dos lotes. O estudo aceitará voluntários que completaram o esquema vacinal primário, com ou sem reforço em um intervalo de 120 dias, e que já tiveram Covid-19 ou não. Serão excluídas do estudo pessoas com qualquer doença ativa ou condição que aumente o risco de ter resultado adverso, como imunossuprimidos e gestantes.
A fase 2 será realizada nos municípios de Valinhos e São Caetano, no estado de São Paulo, e na cidade do Rio de Janeiro. A fase 3 acontecerá nos municípios de Brasília, Porto Alegre, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Salvador, São Paulo e Recife.
Diferenciais da ButanVac
A ButanVac se apoia em três pilares: produção nacional, ba