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O que é recomendado e o que deve ser descartado no tratamento da varíola causada pelo Monkeypox

Vacina contra varíola tradicional pode ser medida protetora, mas medicamentos também são indicados para alguns casos


Publicado em: 09/06/2022

Apesar de a varíola transmitida pelo vírus Monkeypox ser considerada uma doença autolimitada, que geralmente se cura sozinha, em alguns casos pode haver a necessidade de um tratamento medicamentoso específico, sobretudo entre pessoas imunossuprimidas, segundo especialistas e órgãos governamentais de saúde. Já são mais de 1.000 casos confirmados da doença fora da África, onde ela é endêmica, que vem se espalhando pelo mundo nas últimas semanas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por isso, ao aparecer os primeiros sintomas, mesmo que suspeitos, é importante procurar atendimento médico para prescrição da melhor conduta, afirma a diretora do Laboratório de Virologia do Instituto Butantan, Viviane Botosso.

“Se a pessoa já começou a desenvolver os primeiros sintomas, o ideal é procurar um serviço médico, para um diagnóstico assertivo diferenciando de outras doenças que podem ser clinicamente semelhantes e podem confundir. Em caso confirmado, é necessário isolar o paciente e iniciar o tratamento preconizado”, diz Viviane.

Os principais sintomas atribuídos ao Monkeypox são febre, dores no corpo e na cabeça, calafrios e exaustão, que podem durar em média três dias. Eles são seguidos de lesões na pele que evoluem em cinco estágios, conhecidos como mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final quando caem. É principalmente o contato com elas que causa a transmissão do vírus para outras pessoas.

Vacina pode proteger

Historicamente, a vacinação contra a varíola humana (Smallpox) também se mostrou protetora contra o Monkeypox. Embora uma vacina conhecida como MVA-BN, e um tratamento específico com o antiviral Tecovirimat tenham sido aprovados para o Smallpox em 2019 e em 2022, respectivamente, nos Estados Unidos, essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis. Ressalta-se também que populações em todo o mundo com idade inferior a 40 anos nunca foram imunizadas, pois a vacinação em massa para varíola foi descontinuada com a erradicação da doença na década de 1980, explica o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

A vacina mais atual contra o Smallpox, indicada também contra o Monkeypox, &eacu