A imunização de crianças e o benefício das doses de reforço em pessoas com doenças crônicas marcou o último dia do CoronaVac Symposium, evento internacional organizado pelo Instituto Butantan e pela Sinovac. Pesquisadores da China, do Chile e do Brasil trouxeram os resultados mais atuais sobre a vacinação realizada com a vacina de vírus inativado.
A gerente de farmacovigilância da Sinovac, Jiayi Wang, reforçou a garantia da efetividade da CoronaVac para uso infantil. “A vacina apresentou bom perfil de segurança para população acima de três anos”, disse ela, apresentando os dados dos ensaios clínicos de fase 1 e 2 realizados na China com crianças e adolescentes. Segundo a pesquisadora, foram verificados apenas efeitos adversos leves.
No Chile, as crianças de seis a 11 anos começaram a ser vacinadas em setembro e a vacina foi autorizada também para o uso da faixa etária acima de três anos no último dia 26 de novembro. Na avaliação da pesquisadora e professora da Pontifícia Universidade Católica de Chile Susan M. Bueno, os dados preliminares dos ensaios clínicos de fase 3 que estão em andamento no país apresentaram boa resposta imunológica em crianças acima de três anos. Os estudos mostraram até que as crianças produzem mais anticorpos e têm menos reações adversas que os adultos.
As avaliações fazem parte de ampla pesquisa realizada em parceria com instituições da China, Quênia, Malásia, Filipinas e África do Sul, da qual participam 14 mil voluntários. “Crianças vacinadas com seis anos ou mais não tiveram eventos adversos sérios, algo muito positivo”, informou Susan. As crianças e adolescentes foram divididos em dois grupos para avaliar a imunogenicidade e segurança da vacina na comparação com o placebo, e a maior parte delas apresentou apenas leve dor no local aplicado ou vermelhidão, com raros casos de tosse, febre ou vômito. A pesquisadora garantiu que a CoronaVac é hoje a vacina que traz menor risco e maior proteção às crianças. “Essa população estará cada vez mais suscetível, enquanto os mais velhos já têm a vacina”, disse. “É importante considerar e proteger com a vacina de vírus inativado porque é mais segura que as outras.”
Reforço para comorbidades
Os especialistas também ressaltaram no simpósio a importância da continuidade das pesquisas com pessoas com comorbidades. A reação dos sistemas de proteção e defesa do organismo entre os imunossuprimidos e subpopulações vacinadas com maior dificuldade d