CoronaVac induz resposta imune em 90% dos pacientes com HIV, mostra estudo da USP
Pesquisa do Hospital das Clínicas da USP teve mais de 500 participantes e foi publicada na revista The Lancet HIV
Publicado em:
05/04/2022
Um estudo brasileiro publicado na revista The Lancet HIV no dia 23/3 mostrou que a CoronaVac é segura e imunogênica em pacientes com HIV, induzindo produção de anticorpos em mais de 90% dos voluntários. A pesquisa foi conduzida pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e reforça os resultados já divulgados anteriormente no formato preprint, que agora estão validados por pares.
Foram avaliadas 215 pessoas que vivem com HIV e 296 pessoas sem imunossupressão conhecida. Duas semanas após completarem o esquema vacinal com a CoronaVac, a soroconversão de anticorpos IgG foi alta para ambos os grupos: 91% nos pacientes com HIV e 97% naqueles sem imunossupressão. Já a produção de anticorpos neutralizantes ficou em 71% e 84%, respectivamente.
Foi observado, ainda, que os pacientes com HIV que possuíam uma contagem de linfócitos T CD4 maior ou igual a 500 células por mm³ tinham 2,26 vezes mais chances de apresentar atividade de anticorpos neutralizantes. Alguns pacientes apresentam uma quantidade menor de células CD4 porque o vírus HIV enfraquece o sistema imunológico, podendo reduzir a resposta à vacina.
Os cientistas concluíram que a CoronaVac é capaz de produzir alta resposta imune em pessoas com HIV, mas ressaltam que estratégias devem ser desenvolvidas para melhorar a imunogenicidade do subgrupo com baixas contagens de células CD4. “Uma abordagem possível é usar dose de reforço ou mesmo administrar títulos de antígeno mais altos por dose de vacina”, afirmam.
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