Os efeitos do reforço de uma vacina com vírus inativado na população serão analisados no segundo dia do CoronaVac Symposium, organizado pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac. No evento internacional, realizado entre a próxima terça (7) e quinta (9), pesquisadores brasileiros e de outros cinco países apresentarão detalhes de toda a metodologia e técnicas empregadas desde o início do processo até os últimos resultados validados para garantir a imunização segura da população.
O encontro online ressaltará o diferencial e a excelência dos dados mais atuais sobre o emprego da vacina pioneira, apresentando o processo de desenvolvimento do imunizante até se tornar o mais aplicado na população mundial. “A CoronaVac tem se mostrado extremamente segura desde a fase de pré-registro de estudos clínicos. É consenso que a terceira dose só trará mais benefícios”, afirma o diretor do Centro de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan, Alexander Precioso.
No segundo dia do simpósio, o imunologista da Pontifícia Universidad Católica de Chile Alexis Kalergis abordará a segurança e a imunogenicidade da vacinação e as doses de reforço em adultos com o imunizante de vírus inativado. Pesquisas realizadas por pesquisadores do Chile, Estados Unidos e China revelaram que a dose de reforço da CoronaVac aumenta o nível de anticorpos de quem tomou as duas doses há pelo menos cinco meses.
O assunto principal do pesquisador Xiangxi Wang, da Academia Chinesa de Ciências, será o aumento da potência, amplitude e duração das respostas contra o SARS-CoV-2. O especialista em doenças infecciosas pediátricas Ahmet Soysal, da Clínica Pediátrica do Memorial Atasehir Hospital, na Turquia, fará a comparação da imunogenicidade e da reatogenicidade da vacina de vírus inativado em trabalhadores do sistema de saúde, infectados ou não. Ele é também especialista em pesquisas sobre infecções de Covid-19 em crianças.
No Brasil, a dose de reforço tem sido amplamente aplicada com segurança, segundo o diretor geral do Hospital Estadual de Serrana e professor da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Borges. “Em Serrana, por exemplo, mais de quatro mil idosos foram vacinados com a terceira dose. Nós ainda estamos em fase de análise desses resultados, mas não temos nenhum relato de evento adverso grande”, afirma.
O segundo dia do evento contará ainda com a presença do professor Edson Durigon, diretor do curso de Microbiologia no Instituto de Ciências Biomédicas da USP. O principal tema do pesquisador será anticorpos neutralizantes. Seu laboratório é especi